Cuidado com a dengue! em Juiz de Fora

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8 Dec 2005

Com a proximidade do verão, o receio de outra epidemia da dengue volta ainquietar a mente de autoridades sanitárias e do povo. E a preocupação temfundamento. Julguei oportuno, então, novamente tratar do assunto com vocês. Muitagente viaja pelo país.
No Informe Epidemiológico daDengue, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, tomamos conhecimento de que, “de janeiro aabril de 2008, foram registrados 230.829 casos suspeitos de dengue,1.069 casos confirmados de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) e a ocorrência de77 óbitos por ela. Também foram notificados 3.298 casos de dengue comcomplicação, com 53 óbitos. Neste período, foram notificados 27.966 casos dedengue a menos que no mesmo período de 2007, com uma redução de 10,8%. Houveaumento de casos nas regiões Norte (49,34%), Nordeste (30,54%) e Sudeste(19,82%) e redução nas regiões Sul (72,6%) e Centro-Oeste (71,72 %). Em funçãoda circulação de três sorotipos do vírus da dengue, o número de casos de FHDvem aumentando no país. Em 2008, 64,2% dos casos confirmados de FHD estãoconcentrados no Estado do Rio de Janeiro, 10,2% no Ceará, 6,4% no Rio Grande doNorte e 5,7% no Amazonas”.
Ainda segundo o informativo, “na região Sul, apenas o Estado do Paranáregistrou transmissão autóctone. Não houve caso de FHD confirmado na região,sendo o sorotipo DENV3 o único identificado no monitoramento viral. (...) Emborao Estado do Rio Grande do Sul tenha notificado os primeiros casos confirmadosde dengue autóctone em abril de 2007, em 2008, os 344 casos notificados sãoimportados. O Estado de Santa Catarina continua sem transmissão autóctone dedengue e registrou 317 casos importados”.
Dentre todas as regiões, o Sudeste, com 104.051 mil notificações – das quais85.511 contabilizadas no Estado do Rio de Janeiro – foi o local mais afetadopela epidemia, correspondendo a 37% dos casos em todo o país.

Focados na solução do problema

Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Rádio, o dr. Ricardo Ciaravolo,pesquisador científico, técnico da superintendência do controle de endemias(SUCEN), foi enfático ao afirmar: “(...) Temos de estar focados em resolver o problema dadengue os 365 dias do ano, porque os ovos do mosquito podem resistir por muitotempo. Daí a necessidade de, em todas as estações, realizar vistorias paraidentificar esses criadouros e eliminá-los. Eles estão muito próximos da gente,dentro das nossas residências, nos locais onde trabalhamos, ou nas áreasexternas, nos quintais, áreas comuns. Temos que colocar o tema dengue em todasas reuniões que fizermos, ou seja: reuniões de condomínio, de pais eprofessores, Cipas nas empresas, nos encontros da sociedade e melhoramentos debairros. Assim, estaremos sempre discutindo as ações contra o mosquito da dengue.Como étransmitida pelo vetor mosquito Aedes aegipty, a densidade se elevajustamente nessas épocas com temperaturas mais altas; porém, como em váriasregiões do país, o inverno se dá com temperaturas elevadas, temos municípiosque apresentam casos de dengue durante todo o ano, mas o número sempre aumentaem épocas de verão, fim de primavera e no começo do outono. (...) Outra atuação, nãomenos importante, é a da pessoa: ao sentir algum dos sintomas que são de dengue(febre alta, dores no corpo, dores na cabeça, fadiga, vermelhidão, manchas napele), procurar rapidamente uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico,porque só um médico terá condições de verificar se é dengue ou não, e se podeevoluir para um caso grave, a chamada dengue hemorrágica”.

Atitudes simples

Diante do que foi exposto pelo dr. Ciaravolo, atitudes simples podemevitar tragédias. A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúdeaponta algumas maneiras de eliminar o Aedesaegypti: “Encha de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta; lavesemanalmente, por dentro, com escovas e sabão, os tanques utilizados paraarmazenar água; jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, comoembalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc; mantenha a caixad’água sempre fechada, com tampa adequada; mantenha o saco de lixo bem fechadoe fora de alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpezaurbana; coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada. Nãojogue lixo em terreno baldio; remova folhas, galhos e tudo o que possa vedar aágua correr pelas calhas; não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje;entregue seus pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os sem águaem local coberto e abrigados da chuva”.
Estamos na primavera, uma romântica estação, mas é preciso que cheguemosantes dos problemas, de modo a impedir que ocorram. Portanto, entremos em 2009esclarecidos e tomando parte no combate aos focos da doença. Trata-se dequestão nacional. Resolvê-la é dever do Estado e do cidadão.


José de Paiva Netto — Jornalista,radialista e escritor.
paivanetto@uol.com.br

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